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Movimento Histórico - Greve dos Servidores


Para todo lado que se olha vejo desespero, frustação, arrependimento e principalmente medo. O servidor público de Paulínia hoje se sente coagido e cerceado nos seus direitos fundamentais. Trabalha sem aquele brilho no olhar. Tudo isso porque atreveu se à  exercer uma democracia. Nosso país é conhecido pela democracia, um regime de governo que diz ser do povo para o povo.

Mais na prática não é bem assim. Porque ainda existe uma ditadura "velada". Com o consentimento do povo o que é pior. Como assim com o consentimento do povo? – Simples! O próprio povo gosta de viver sobre uma sombra dominadora. Ou por não atentar-se para a prisão de uma sociedade ditadora. Ou pelo simples fato de comodismo ou covardia mesmo.
São poucos os guerreiros que vão à luta, sabendo das dificuldades e retaliações que sofrerão, e estão preparados para sofrerem tais consequências. Em um embate desses, onde foi colocado toda a energia e poder de articulação de uma categoria. Para que houvesse sucesso na permanência dos companheiros durante 67 dias de paralização, foi preciso muita união e respeito entre todos os servidores.

O poder do funcionalismo.
Houve uma articulação jamais vista na história de Paulínia por parte do trabalhador. Quem encabeçou esta luta foi desde o mais humilde dos cargos até mesmo lideranças profissionais. Muitos líderes naturais surgiram no meio da massa. Muitos gigantes foram acordados dentro de cada um que lá estava. Vários seguimentos do funcionalismo se viram frente a frente, lado a lado. Aprenderam que faziam parte de uma família muito maior que seu departamento, seu local de trabalho.  Deram conta que sua família ocupacional era enorme e juntos tinham muita força.


Surpreenderam a todos de Paulínia. Lideranças partidárias, instituições, população, pessoas públicas, vereadores, ex vereadores, prefeito e principalmente o próprio sindicato da categoria. Todos pensavam que o servidor não tinha toda essa capacidade de mobilização e articulação. Isso assustou alguns que queriam tirar proveito do movimento e da força de reivindicação da classe trabalhadora como moeda de troca.
Dos que eram da essência do movimento, sabiam que estavam ali para lutar por reivindicações trabalhistas. Mas muitos confundiram nosso movimento. Querendo que o mesmo ganhasse cunho político. Inclusive as próprias lideranças do sindicato dos servidores acharam que podiam colocar um sentido político na história. 

Fomos enganados! Será?
Veladamente trabalharam para que isso ocorresse. Mas mais uma vez o servidor público surpreendeu a todos. Quando soube separar movimento trabalhista das questões políticas. Não deixando que as coisas se misturassem. Devemos ter orgulho e nos sentirmos vitoriosos somente pelo simples fato – que não é tão simples assim – de termos feito um movimento democrático e trabalhista com cunho totalmente voltado a questões do trabalho. Que fique bem claro. Se houve jogo político nós não sabemos. Se fomos usados muitos de nós também não sabemos. Eu sei que fomos usados como moeda de troca. Fomos usados para questões de rinchas particulares e revanches políticas sim.

Infelizmente acreditamos que estávamos indo para uma luta trabalhista, foi o que sempre pensamos. Mais aqui em Paulínia tem se um mau hábito de levar tudo para o lado político. Pois não era isso que queríamos. O Executivo, o Legislativo, o Judiciário e principalmente o Sindicato e o Jurídico da Categoria tinham de ter em mente que estavam lidando com a vida de muitas pessoas.  Cada um no seu papel desempenhou aquilo que lhes cabia. Mas a sensação amarga da derrota ficou na lembrança de muitos dos servidores. Quando o Jurídico do Sindicato cometeu um erro primário em relação a perda de prazo ( isso de acordo com que a Juíza da 1 Vara de Paulínia proferiu na sua sentença ). Não sou eu que estou afirmando e sim a justiça.

A começo da derrota. 
O Sindicato e seu Jurídico afirma que não perdeu o prazo, pois então cabe a eles deixarem claro. Eu disse “CLARO” como a neve, aonde esta o erro. Porque houve um erro! E se até agora não ficou claro, começo a desconfiar que aconteceu sim a perda de prazo. Um erro que custou muito caro para nós trabalhadores.
Então vamos entender a dinâmica das coisas: Nós trabalhadores nos organizamos, nos articulamos e acreditamos que podíamos sim ir à luta. Fomos instigados e orientados a decidir sobre uma greve. Decidimos e realizamos o movimento grevista dentro de uma normalidade a qual manda a lei. Cumprimos todos os protocolos que essa lei determina.

Acordo individual! O que é isso?
No fim tiveram um "Acordo Individual" proposto pela administração da Prefeitura de Paulínia, tratando sobre dias parados. Como assim, não entraram em greve para negociar dias parados! Além disso a greve foi julgada a revelia, dando uma sentença de abusiva e ilegal. Uma semana antes dessa sentença já estavam com os descontos no salário no holerite tendo que recorrer a cestas básicas. O agravo no Superior Tribunal de Justiça em Brasília não foi aceito para rever o Conflito de Competência que até agora não foi julgado. Não conseguiram nenhum documento que resguardasse a dignidade como trabalhador, pais e mães de família. Só perderam e perderam. Estão todos mal informados e confusos. Querendo melhores explicações sobre uma avalanche de coisas erradas que estão se sucedendo uma trás da outra.

Chegou a hora! Vamos cobrar.
Agora chegou a hora de uma nova mobilização. Uma nova articulação. Para que a verdade dos fatos venha a tona. Toda a categoria deve se organizar novamente para cobrar do "Sindicato dos Servidores" uma boa, eu disse uma "BOA" explicação. Em detalhes, de toda a história que envolve o movimento paredista de GREVE. Isso é a vontade de todos os servidores guerreiros que tiveram seus salários descontados e que estão sofrendo retaliações e desmandos. Porque a luta não foi em vão. E não se pode deixar enganar. O servidor tem sim "HONRA". Tem sim "FORÇA". Tem sim "UNIÃO".

"Político" nenhum, "Gestor" nenhum e "Sindicato" nenhum pode brincar com a "OMBRIDADE" dos servidores. Pessoas que merecem o maior respeito de toda a sociedade Paulinense. Entraram na luta e continuam lutando. A cobrança vai vir e quem for o responsável por tanto sofrimento dos colegas de profissão, amigos de luta vai pagar. Esse responsável vai pagar.
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