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Campinas planta 1.166 mudas de árvores nativas em calçadas

Ipê-amarelo plantado no Jardim Roseira | Foto: DPJ

A primavera começou em Campinas com um significativo ganho ambiental. A prefeitura já plantou 1.166 mudas de árvores nativas em calçadas de Campinas desde o início do Programa de Arborização Urbana, há cerca de um ano, e a meta é elevar esse resultado para 15 mil até o fim da gestão Jonas Donizette. A iniciativa é inédita na cidade.

O secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, esclarece, entretanto, que o volume total de mudas plantadas na cidade nos dois anos e meio de governo é muito maior, se considerarmos que já foram plantadas 140 mil em praças e demais áreas verdes. “Fazemos essa distinção, a ponto de mantermos um programa específico, porque em espaços públicos, podemos efetuar o plantio quando acharmos necessário e de forma rápida, ao passo que, em se tratando de calçadas, o processo é muito mais demorado, pois embora também possamos fazer o plantio legalmente, preferimos conquistar parceria com os donos dos imóveis, para que eles ‘adotem’ efetivamente os espécimes e garantam seu bom desenvolvimento”, explica o secretário. “O que importa não é a quantidade, mas a qualidade da iniciativa”, frisa.
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Segundo ele, a metodologia de convencimento dos moradores se baseia principalmente na conscientização sobre a importância do elemento arbóreo na vida das pessoas, como por exemplo, a melhoria da qualidade do ar, aumento da retenção de águas pluviais, atenuante climático e do ruído urbano, atração da fauna silvestre, como pássaros, bem como o grande valor paisagístico, que se traduz em uma sensação de bem estar.

Essa opção se mostra acertada, conforme Paulella, que situa o percentual de recusas por parte dos proprietários consultados em apenas 10%. Porém, o que também contribui para que o processo seja mais demorado são as etapas técnicas que precedem o plantio das mudas em si, como o trabalho de equipes de calceteiros, que segue normas rígidas ditadas pelas dimensões das calçadas: por exemplo, as que medem 1,5m de largura recebem “anéis” (as covas) de 60cm de diâmetro, e, à medida em que a largura se mostra maior, são implantados anéis de 80cm de diâmetro; e até canteiros de 2m² de área permeável, de forma a permitir uma melhor retenção e infiltração de água para as raízes.
Nessa primeira etapa do projeto, foram beneficiados o Cambuí e bairros dos distritos Ouro Verde e Campo Grande, como Jardim Ipaussurama, Vila Perseu Leite de Barros e Jardim Roseira. “A princípio, pode soar estranho termos ‘misturado’ um bairro tão central e já bem arborizado como o Cambuí com outros tão carentes desse investimento ambiental”; observa Paulella; “a explicação para isso é o fato de no Cambuí existir uma demanda natural, forte e contante, o que, inclusive, abrevia o tempo das etapas preliminares”. De fato, o Cambuí foi o recordista em plantio de mudas em calçadas, com 509.

“A partir de agora, vamos avançar para outros bairros”, promete o secretário, adiantando que Ouro Verde e Campo Grande continuam na lista de prioridade, mas também serão beneficiados bairros da região do Campo Belo, ao sul de Campinas.

As espécies escolhidas para o projeto, oriundas do Viveiro Municipal, são plantadas em conformidade com as características das calçadas e de outros aspectos urbanos em cada caso, porém são todas nativas e compatíveis com a realidade do município, como aroeira-salsa, árvore-da-china, cássia-imperial, falsa-murta, flamboyant-de-jardim, grevílea-anã, ipê-amarelo, ipê-branco, jacarandá-mimoso, jerivá, magnólia-amarela, manacá-da-serra, malaleuca, oiti, pau-brasil, quaresmeira e resedá.

O secretário avalia como “extremamente positiva” a iniciativa, contudo não se rende ao ufanismo: “Taí um trabalho que nunca podemos dar por encerrado, principalmente quando lembramos que o déficit estimado de árvores na malha urbana de Campinas é de 100 mil”.



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