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Gaeco diz que campanha de vereador da região foi financiada por facção

Major Fagner, o promotor José Cláudio Baglio, o delegado Sander Malaspina e Jandir Moura Netto
participaram da coletiva (Foto: Marcelo Andriotti/G1)

Operação prendeu na região de Campinas oito suspeitos de integrar grupo. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sete municípios.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) informou, na tarde desta quarta-feira (19), que a campanha de um vereador eleito da Região de Campinas (SP) foi financiada por uma facção criminosa. Durante uma operação deflagrada nesta manhã, seis suspeitos de integrar um grupo parceiro da facção foram presos e dois foram mortos durante confronto com a polícia em Paulínia (SP). Além do município e de Campinas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Sumaré (SP),  Itapira (SP), São Paulo, Embu das Artes (SP) e São Caetano do Sul.


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O Ministério Público não deu detalhes da identidade do vereador eleito e nem quais serão os próximos passos da operação, mas afirmou que o parlamentar é de uma das quatro cidades da região onde foram cumpridos mandados nesta quarta - Campinas, Sumaré, Paulínia e Itapira. A Justiça Eleitoral será informada quando a investigação chegar ao fim.

"Ainda não podemos divulgar o nome do candidato, só posso dizer que há fortes indícios de que sua campanha foi financiada pelo PCC e que ele foi eleito. Só estamos divulgando isso por enquanto, antes do fim das investigações, para mostrar que a facção está se infiltrando em todos os poderes", disse o promotor do Gaeco Daniel Zulian.

Polícia

Entre os suspeitos que foram detidos, um é investigador do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Bruno Luiz Soares Figueiredo é um dos responsáveis, junto com a mulher, de chefiar e conduzir as operações desse grupo “parceiro” da facção criminosa. A esposa dele, Vanilda Cândido, também foi presa na operação.

O investigador foi preso em São Paulo e estava com R$ 15 mil e portando passaporte, o que leva o Gaeco a acreditar que ele já estava em processo de fuga. O promotores acreditam que essa facção, que não tem nome definido, atua em conjunto com o PCC fornecendo drogas e armas.

O envolvimento de policiais nesse grupo pode explicar a convivência pacífica com o PCC, que se beneficiaria de informações privilegiadas. Em agosto, quando houve uma operação da polícia na Cracolândia, foi identificado o vazamento de informações da ação para os criminosos.

Isso se repetiu nesta semana, quando a Operação Tormenta ainda estava sendo definida. O Ministério Público disse que a operação iria ocorrer na sexta-feira, mas foi antecipada porque houve um vazamento de informações por parte de um integrante da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), de São Paulo, na terça-feira.
Segundo o Gaeco, um policial informou um dos suspeitos que existia um mandado de prisão expedido contra ele.
"Como a pessoa que recebeu a informação não sabia que estava sendo monitorada, conseguimos executar as prisões antecipando a operação. Sobre quem vazou a informação, ainda há uma investigação em curso, mas sabemos que saiu de dentro da reunião operacional na Rota", disse o promotor José Cláudio Tadeu Baglio, do Gaeco Campinas.

A operação

A Operação Tormenta, como foi denominada pelos promotores, fez buscas em sete cidades paulistas. Três suspeitos foram detidos em Paulínia, dois em Sumaré, um em Itapira, dois em Campinas e o dois na capital. Um dos envolvidos na investigação já estava preso por conta de outro crime, o que totaliza 11 detidos.

De acordo com as autoridades, as duas mortes de suspeitos ocorreram em Paulínia durante resistência às prisões. O posto de saúde do Jardim Amélia chegou a ficar fechado por motivos de segurança, já que um dos suspeitos morreu no bairro.

Os policiais ainda apreenderam computadores, celulares e veículos. "Houve apreensão de vários objetos, principalmente a parte de informação, como notebooks, documentos, celulares e isso tudo vai ser encaminhado ao Ministério Público", informou o 2º delegado seccional de Campinas, José Henrique Ventura.

Alvo

A operação começou há cinco meses para identificar uma quadrilha que seria responsável pelo fornecimento e distribuição de drogas e armas para a primeira facção na região de Campinas, além de tráfico de entorpecentes, incluindo a “Cracolândia”, na região central da capital do estado.

Fonte: Marcelo Andriotti | G1 Campinas e Região



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