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Estudantes esmagam argumentos de professores de extrema-esquerda de colégio de elite em SP


Uma série de escolas privadas de São Paulo cancelou as aulas de sexta (28) por causa da adesão de professores ao chamado de greve geral. Um grupo de 14 alunos do colégio Santa Cruz, tradicional instituição da zona oeste de São Paulo, divulgou carta defendendo a reforma da Previdência e desmascarando os argumentos dos doutrinadores. As informações são da Folha.

A carta é endereçada aos professores da escola, que, ao expor a adesão à paralisação, haviam divulgado texto com as típicas narrativas petistas contra as reformas do governo Michel Temer. A carta dos alunos (que refutam todas as narrativas dos professores) foi divulgada pelas redes sociais. Nela, os estudantes dizem reconhecer “o direito à greve e à livre manifestação de ideias”, mas questionam o posicionamento contra a reforma.


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Os professores do Santa Cruz, em seu texto, haviam emitido a narrativa dizendo que as medidas propostas, citando sobretudo a reforma trabalhista, podem “acentuar sistemas mais já excludentes”. Na resposta dos estudantes, eles dizem que “defender políticas públicas pautadas em ideais de ‘justiça’ e ‘defesa dos mais pobres’ é meio caminho andado para a irresponsabilidade fiscal.”

A missiva dos jovens elenca alguns argumentos e dados, refutando as narrativas dos professores:  “Acreditamos que o posicionamento contra a reforma da Previdência seja profundamente equivocado”.

“Isso [o rombo da Previdência] impede tanto a estabilidade fiscal como maiores investimentos em outros setores. Em um país que, falando de Previdência, estão postas duas opções: a Reforma proposta pelo Governo ou o sistema atual, defender a segunda opção é usar o discurso da defesa de direitos para, na realidade, defender privilégios.”

Diz ainda a carta dos alunos:


“Além disso, o Brasil já gasta uma porcentagem maior do PIB em Previdência do que a média da OCDE, mesmo sendo um país relativamente jovem. Com o envelhecimento do país, que ocorre a passos largos, segundo o IBGE, os improcedentes 13% do PIB gastos pelo Brasil só tendem a aumentar. Não obstante, o número proporcional de pessoas economicamente ativas tende a diminuir. Ou seja, enquanto a expectativa de vida só aumenta e a população em geral só envelhece, parece razoável aos professores que as regras se mantenham as mesmas. Ao dificultar a aposentadoria por tempo de contribuição, a reforma previdenciária contribui para a diminuição da desigualdade no Brasil, visto que, no geral, quem se aposenta antes dos 65 anos são os mais ricos, em decorrência da dificuldade dos mais pobres de serem empregados com carteira assinada de maneira regular. Segundo o DataPrev, o valor médio concedido por tempo de contribuição é de mais de 2 salários mínimos, enquanto o concedido por idade supera por pouco a faixa de 1 salário mínimo.”

Pai de dois alunos do colégio, o engenheiro Marcelo Schaeffer, 44, que é contrário à greve, e diz que o episódio vai prejudicar a relação entre famílias e professores. “Os professores estão colocando a escola no meio de uma questão de ideologia”, diz. “Eles aderiram paralisação que tem tópico específico: são contra e não propõem nada”, diz.

Procurado nesta quarta-feira (26), o Santa Cruz fugiu de dar qualquer comentário.

O clima em outros colégios também tem sido complicado. O médico Carlos Eduardo Barsotti, 37, diz que vai analisar se quer manter os dois filhos na escola Stance Dual (centro) depois que leu a carta dos professores. No texto, em que explicam o motivo da paralisação, eles criticam não só as reformas trabalhista e da Previdência, mas projetos do novo ensino médio e a PEC do teto de gastos -aprovados pelo governo Michel Temer.

“Não se pode “confundir Previdência com assistência. E a carta me incomodou porque mostrou um viés de esquerda da maioria dos professores, sem outras visões. Quero que meus filhos tenham outros pontos de vista”, diz ele, que apoia as medidas de Temer. Para ele, o “viés de esquerda” ficou claro nas críticas às reformas do governo.

Abaixo a Carta dos alunos e alunos do Colégio Santa Cruz


Em primeiro lugar, é necessário dizer que temos um profundo respeito pelo corpo docente do Colégio Santa Cruz, que realiza seu dever de nos educar de forma exemplar, e com o qual possuímos muitas ideias em comum. Reconhecemos também que foram esses professores que nos possibilitaram desenvolver as competências necessárias para entrar no debate político e sempre nos deram o espaço para exercermos nossos questionamentos. Apesar disso, seria impossível não nos posicionarmos frente ao que consideramos uma visão equivocada, com prováveis consequências catastróficas para o País como um todo.

Após ler a Carta Aberta escrita pelos professores referente à decisão de paralisação no dia 28 de abril de 2017, sentimos a necessidade de redigir essa resposta explicitando nossa posição. Reconhecemos o direito à greve e à livre manifestação de ideias e entendemos que a Carta justifica a ação dos professores, porém acreditamos que o posicionamento contra a Reforma da Previdência seja profundamente equivocado. Além disso, a Carta passa ao largo das questões centrais envolvidas, apelando para noções generalistas de “justiça social”. Pauta-se em um maniqueísmo exacerbado e parte, desde a 1ª linha, do pressuposto de que as reformas propostas pelo Governo Federal são ruins para o país e, especialmente, para os mais pobres. Essa forma de pensar apenas simplifica e empobrece o debate.

Com o objetivo de justificar a decisão dos professores, a argumentação esconde-se atrás de uma suposta “proteção de direitos”, defende a manutenção do status quo e falha em criticar aspectos objetivos da proposta de reforma. Acontece que um direito ser garantido por lei não garante o orçamento necessário para cumpri-lo. Sendo assim, a Carta defende que se mantenha o rombo crescente da Previdência. Esse rombo foi, segundo dados do próprio Governo Federal, de cerca de 300 bilhões de reais ano passado (5% do PIB), e tende a crescer conforme a população envelhece. Isso impede tanto a estabilidade fiscal como maiores investimentos em outros setores. Em um país que, falando de Previdência, estão postas duas opções: a Reforma proposta pelo Governo ou o sistema atual, defender a segunda opção é usar o discurso da defesa de direitos para, na realidade, defender privilégios. Dentre estes privilégios, há por exemplo o fato de funcionários públicos se aposentarem fora do RGPS (recebendo o equivalente a seus salários anteriores, ignorando o teto de 5.300 reais que vale para todos os outros trabalhadores). Ademais, o modelo atual permite que os mais ricos se aposentem mais cedo, já que têm muito mais facilidade para contribuir para a Previdência, criando casos absurdos e indefensáveis, como o fato de o presidente Michel Temer ter se aposentado como promotor público aos 55 anos de idade.

Não nos enganemos; ir contra a reforma da Previdência é também defender que um funcionário público continue recebendo em média três vezes mais do que um trabalhador regular (Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados), e que a média de aposentadoria no Judiciário, de 25.700 reais, não seja alterada. Dinheiro esse que poderia ser revertido para outras áreas fundamentais, nas quais o investimento governamental é raquítico, como por exemplo saneamento básico, saúde e educação.

Além disso, o Brasil já gasta uma porcentagem maior do PIB em Previdência do que a média da OCDE, mesmo sendo um país relativamente jovem. Com o envelhecimento do país, que ocorre a passos largos, segundo o IBGE, os improcedentes 13% do PIB gastos pelo Brasil só tendem a aumentar. Não obstante, o número proporcional de pessoas economicamente ativas tende a diminuir. Ou seja, enquanto a expectativa de vida só aumenta e a população em geral só envelhece, parece razoável aos professores que as regras se mantenham as mesmas.

Ao dificultar a aposentadoria por tempo de contribuição, a Reforma Previdenciária contribui para a diminuição da desigualdade no Brasil, visto que, no geral, quem se aposenta antes dos 65 anos são os mais ricos, em decorrência da dificuldade dos mais pobres de serem empregados com carteira assinada de maneira regular. Segundo o DataPrev, o valor médio concedido por tempo de contribuição é de mais de 2 salários mínimos, enquanto o concedido por idade supera por pouco a faixa de 1 salário mínimo.

A posição defendida pelos professores falha em apresentar embasamento técnico e econômico. Defender políticas públicas pautadas em ideais de “justiça” e “defesa dos mais pobres” é meio caminho andado para a irresponsabilidade fiscal. Essa irresponsabilidade fiscal, muito presente nos governos da ex-presidente Dilma, gera inflação, que pune majoritariamente os menos favorecidos.

Em conclusão, parece evidente que, apesar das mudanças propostas apresentarem vários defeitos de origem, forma e conteúdo, as reformas em curso conduzidas pelo atual governo estão em geral no caminho correto de um arcabouço regulatório e legal mais moderno que reduz burocracias, fomenta crescimento e principalmente elimina privilégios construídos ao longo de décadas e que são, além de injustos, completamente insustentáveis do ponto de vista das finanças públicas.


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