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O maior erro do eleitor!


O maior erro.
O maior erro do cidadão eleitor é achar que não gosta de política. Bem sabemos, por intermédio de pesquisas, que 2/3 da população não se interessam por este assunto a fundo, na sua essência. Ler sobre política, participar de sessões da Câmara Municipal, participar de conselhos administrativos nas áreas de saúde, educação, segurança e outras. Não há grande interesse por parte do eleitor em ter um orçamento participativo. Na verdade tem muita gente que nem sabe o que é isso.
Há um descrédito enorme rondando a cabeça do eleitor, onde muitos pensam não haver solução para o político de carreira. Vemos todos os dias banners com frases acusadoras nas redes sociais, tais como: “Dê trabalho para um vereador, não o reeleja.” Aí eu pergunto: Essa frase é levada a sério? É realmente isso que acontece? Você eleitor acompanha a carreira do político que escolheu para exercer um cargo que, como sempre digo aqui, está lá para trabalhar em prol do povo?

Os favores.
Muitos são os que mudam seu voto na última hora e votam em quem acham que vão ganhar deixando aqueles candidatos com bons ideais e honestos para trás. Votam e depois que o candidato ganha, ele, o vereador, passa a ter uma vida de favores e compromissos com seu curral eleitoral. O cidadão lembra-se de ir até a Câmara Municipal pedir favores pessoais, como um bolo de aniversário para os filhos, mas não se lembra de cobrar melhores políticas públicas para a educação. Com mais e melhores escolas, por exemplo. Lembra de ir pedir uma caixa de cerveja, mas não se lembra de pedir um combate efetivo contra as drogas que assolam nossa juventude.
O eleitor vai à procura do político eleito seja ele o vereador ou prefeito somente para ser imediatista e egocêntrico. Vamos traduzir isso: Quer tirar vantagem do político eleito para ele mesmo, o eleitor, sem se importar com o próximo, com a sociedade. (OBS – O vereador e prefeito são funcionários da sociedade! E não de meia dúzia de gente.)

O pensamento é bem fácil de mensurar.
O cidadão vota no candidato, que por sua vez ganha à eleição, aí se cria um círculo vicioso. Onde o eleitor pensa assim, na sua grande maioria, que o vereador ou prefeito que ganhou vai ficar rico e com isso vai poder me dar um dinheirinho básico para um churrasco, ou pagar uma conta de luz e até mesmo me dar uns tijolos para fazer um muro.
Acontece que isso se torna um grande câncer político social, onde muitos políticos têm a certeza de só se manterem no poder a base de favores e muito dinheiro. E o cidadão só mantém seu voto naquele que te faz algum pequeno favor. Hoje tem muitos preferindo ganhar o peixe a pescar, ou seja, prefere ganhar um “Lambari” e não aprender a pescar e pegar um “Dourado”.
Quer um Lambari ou Dourado?
Aposto que sua resposta a esta pergunta mesmo que instintivamente foi a que quer o peixe “Dourado”. Mas meus amigos cidadãos, o que hoje acontece é justamente o contrário. Sinto lhe informar, mas você esta ganhando o “Lambari”. O peixe “Lambari” é aquele que é dado de graça sem fazer nenhum esforço, é a esmola social que o governo insiste em jogar na cara do cidadão. E esse por sua vez acha que está boa e aceita de bom grado aquela esmolinha. E ainda pensa: Melhor do que ganhar nada!  Só que o governo te dá o “Lambari” e fica com um tanque cheio de “Dourados”. O “Dourado” é aquele peixe graúdo que a população não aprendeu a pescar, porque nem equipamento de pesca o cidadão tem. É aquela boa escola para os filhos, é aquele bom hospital, aquela boa moradia, galeria de esgoto, uma praça de esportes no bairro, viaturas com trabalho ostensivo, combate as drogas aí no bairro, um bom transporte público, grandes empresas com um vasto mercado de trabalho para os cidadãos da cidade, escolas técnicas e faculdades para os filhos, lazer e esporte e muitas outras coisas.
Esses são os peixes graúdos que chamamos aqui de “Dourado” que a população não sabe pescar! Preferem ficar ganhando os mirrados peixinhos “Lambaris”.

Qual o real trabalho do vereador? Onde esta?
Aqui cabe mais uma pergunta: Onde, nesta troca de favores, fica o real trabalho do político? Que é o de gerenciar e fiscalizar a cidade. Porque o cidadão não vota naquele candidato que tem boas propostas e que muitas vezes quer realmente fazer a diferença, quer fazer história. É honesto e trabalhador. Quer mostrar que é possível ser político, ajudar a sociedade em um todo e ainda assim ser honesto de uma conduta ilibada.

A lenda
Aqui outra lenda se faz. Ninguém acredita mais hoje, que exista político honesto e trabalhador. Será mesmo gente?! Para ser sincero eu acredito que há políticos honestos e trabalhadores sim. Que giram ao contrário deste círculo vicioso que corrompe o sistema democrático brasileiro. São poucos guerreiros, mas estão lá. Porque só sendo muito forte e determinado para nadar contra a correnteza que se instalou na política democrática que tanto nos gabamos em falar para o mundo. Essa política mal elaborada e descompromissada com os reais interesses sociais. De boas políticas públicas que ajudem como um todo, sem distinção de classes, raça, religião, ou seja lá o que for.

Quer mudança?
Então comece por você mesmo. Mude seu conceito de política. Mude esse sentimento de paternalismo que impera em Paulínia. Programas assistencialistas são necessários para dar um suporte e um socorro imediato, mas o que realmente resolve é a aplicação de boas políticas públicas. Cobre os líderes políticos de nossa cidade para que realizem bons mandatos, pensando na coletividade, e não em fazer favores para seu curral eleitoral. Isso é culpa do povo. O povo é quem doutrinou o político a ser assim, paternalista.  Porque o político que chega ao poder não quer mais largar o mesmo. E para isso cai dentro desse sistema de favores particulares. Para se manter no topo de seus cargos. O vereador e o prefeito estão errados de fazerem isso, mas dentro da cabeça deles existe uma lógica. Quanto mais gente eu fizer um favorzinho, quanto mais gente eu der R$ 100,00 para votar em mim, mais chance tenho de ser eleito e reeleito. E assim vou ficando por aqui em meu mandato, mas sem apresentar, fiscalizar, fazer história em Paulínia. Mas também mais errado está o povo em aceitar esses pequenos subornos.
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