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HOSPITAL MUNICIPAL DE PAULÍNIA, COMO RESOLVER O PROBLEMA??

Coluna Visão Feminina


Políticas Publicas e saúde publica,

Hoje o vereador Sandro Caprino, através do facebook fez uma pergunta aos seus amigos e seguidores sobre o atendimento do Hospital Municipal de Paulínia, eu como todos os outros democraticamente dei a minha opinião sobre o assunto, vou representar aqui para vocês a pergunta do nobre vereador:

Gostaria de saber a opinião de todos: No hospital de Paulínia a cada 5 atendimentos, somente 1 reside nessa cidade, essa foi uma observação minha da noite de ontem. Agora tenho informações que muitas vezes esse número ainda é maior. Será que não seria melhor regionalizar? Qual sua opinião???

Em minha modesta opinião e baseada no que a lei e a constituição federal prevê quanto ao assunto SUS e atendimento médico hospitalar, vejo a questão de uma ótica diferente da maioria.

Sigam Movimento Paulínia no Twitter: @MPaulinia


O SUS, 

O sistema único e unificado de saúde prevê o atendimento aos cidadãos através de alguns princípios básicos que também são leis, que são:

Universalidade, ou seja o atendimento a saúde publica é direito de todos e dever do estado. Todo e qualquer cidadão deve ter direito a saúde, acesso a todos os serviços públicos de saúde e aqueles contratados pelo poder público.
Equidade, ou seja, todo cidadão que necessite de atenção á saúde deve ter direito as ações e serviços que necessite em todos os níveis do sistema, independente das diferenças sócio-econômicas, raça, credo, ou localidade.
Integralidade, o cidadão deve ser visto como um ser integral e ser tratado e atendido em todos os aspectos, visando a promoção, proteção e a recuperação da saúde.

O Código Penal e a omissão de socorro,

Lembrando aqui que a omissão de socorro é crime, previsto no Código Penal brasileiro, em seu art. 135. Deixar de prestar socorro a quem não tenha condições de socorrer a si próprio ou comunicar o evento a autoridade pública que o possa fazê-lo, quando possível, é crime. E prevê reclusão de 1 a 4 anos para lesões graves e de 4 a 12 anos de reclusão se resultar em morte. Como podem ver em casos de risco de vida e lei se emprega em sua totalidade.
A lei vale para o cidadão comum se alguém pedir socorro e o mesmo não o socorrer e ao poder público caso seja negado atendimento ou socorro.

A função do hospital,

Seguindo nesta ótica e voltando a pergunta do nobre vereador, eu teço aqui a minha opinião quanto a regionalização do HMP, primeiramente gostaria de mostrar a vocês para que serve um hospital:

A real função do Pronto Socorro de um hospital, é atender pacientes que estejam em estado de Emergência ou de muita urgência. São pessoas que correm risco eminente de vida, como acidentados, suspeita de infartos, derrames, apendicite, pneumonia, fraturas, entre outras complicações. Essa informação é o caminho correto para o bom atendimento, uma vez que a cada 10 pessoas que procuram o serviço, em média, seis não são casos de emergência.

Aí podemos ter a noção de uma parcela do problema de sobre carga em hospitais públicos, não só o de Paulínia.

Minha opinião,

Eu sou favorável sim a regionalização do atendimento do HMP, seria um grande passo para a cidade e acabaria de vez com o problema que hoje segue entorno do atendimento, buscando apoio e verba do governo federal e estadual é extremante viável e muito interessante para o município, uma vez que o SUS é direito de todos, restringir o atendimento no hospital municipal para somente moradores da cidade, seria um crime contra a constituição federal, lembre-se que estamos falando de atendimento hospitalar, EMERGÊNCIA E URGÊNCIA, casos de risco de vida!!!

Pronto Atendimento (PA), desafogando o HMP,

E vou além, em Paulínia falta uma PA, que significa PRONTO ATENDIMENTO, a cidade carece de uma PA.
Para quem não conhece e não sabe como funciona uma PA, vou esclarecer para vocês, o pronto atendimento, é um meio termo entre o hospital e a unidade básica de saúde (Postinho), as PA´s ajudam a desafogar os prontos-socorros, ampliando e melhorando o atendimento de urgência.
Lá é possível ter uma tratamento de urgência em uma série de problemas que costumam lotar hospitais, como dores fortíssimas de cabeça, pressão arterial alterada, febre alta, fraturas “leves” e cortes, evitando que estes pacientes sejam encaminhados aos  hospitais, desafogando e direcionando o atendimento, que passa a ser mais rápido e mais focado.

RACIOCINE Cidadão,

Imagine, você que no hospital existem pessoas que chegam de fortes acidentes, que caíram de alturas e bateram a cabeça, pessoas que podem estar entre a vida e a morte, que perderam um membro em um acidente automobilístico, ou foram vítimas de um baleamento por exemplo, e você está lá, na recepção do mesmo hospital, esperando para ser atendido por uma dor de cabeça, ou uma dor de estomago, e você reclama absurdo porque está esperando a horas, muito provavelmente amigo, o médico que você está esperando te atender é o mesmo que está há horas dentro de uma centro cirúrgico tentando salvar uma vida. Sendo que você com dor de cabeça ou de garganta poderia estar em uma UBS ou em uma PA, aonde seria o local CORRETO para você se direcionar e pode ter certeza que seria mais rapidamente atendido.



Questão de cidadania!Além do exemplo em casa, deveriam ensinar isso nas escolas também, mas na prática não ensinam, né?

Soluções objetivas,

Enfim, existem muitos problemas em torno desse assunto e tento de alguma forma abaixo ajudar na solução dos mesmos:

- A conscientização da população de onde deve buscar atendimento á seu problema.

- Instalar um atendimento intermediário em Paulínia, ou seja, um pronto atendimento (PA) para atender aos pacientes em urgência, que não devem ir nem para o hospital e nem para a UBS.

  - A triagem dos hospitais em direcionar o paciente para o local correto É PEÇA FUNDAMENTAL, se é emergência ou de muita urgência é atendido pelo hospital, se é um problema urgente encaminhar a uma PA do município, se o paciente não é da cidade e seu problema não o impossibilita de se locomover encaminha-lo para a PA do “seu” município, se é um caso dito “leve” encaminhar a UBS do seu bairro e em sua cidade. Isso pode ser e deve ser feito! Hospital é lugar de problemas graves e emergenciais. E feito dessa forma não se fere os direitos de ninguém e se cumpre o que a própria lei orienta.

- Conscientizar a população e os funcionários da saúde que SUS é para todos, hospital deve atender a todos que estiver com risco de vida! Em um primeiro atendimento deve se avaliar o risco do paciente individualmente, através de uma triagem com a equipe de enfermagem, se o paciente não corre riscos e está acompanhado que seja encaminhado a PA da sua cidade para que seja acompanhado de perto. UBS (postinhos) são para os moradores do MUNICÍPIO, atendidos mediante prontuario aberto com comprovante de endereço, visitado por um assistente social ou por um agente de saúde do município! Aí sim da-se a forma correta pela lei de restrição de atendimento.

Complicado?

Depende da força de vontade, do empenho do município, dos gestores, do governo federal, estadual e municipal, mas depende também e MUITO dos próprios cidadãos em entender e respeitar o sistema como um todo. Se o poder publico e nós cidadãos colaborarem, poderemos ter um atendimento muito melhor de saúde em nossa cidade.



Grata pela atenção,

Agradeço a todos vocês por lerem e peço que reflitam no que escrevi com atenção e carinho, pois podemos e devemos fazer nossa parte sempre, independente de qualquer fator político. E nunca deixem de dar sua opinião, de exigir seus direitos e de cumprir com seus deveres de cidadão :)

E ao vereador Sandro Caprino espero de alguma forma ter ajudado em sua questão e espero de coração ter contribuído para que possa como vereador junto a seus colegas da casa também veradores ajudar de alguma forma junto ao executivo paulinense uma melhora e mudança significativa na saúde publica de Paulínia.

Juntos podemos mudar Paulínia!!

Fazer o bem sem olhar a quem, gerar gentilezas e jamais se calar!! Esse é o lema!!

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