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Militares impedem massacre em trem entre Amsterdã-Paris

© PHILIPPE HUGUEN Polícia inspeciona um vagão do trem onde ocorreu o ataque, na sexta-feira, em Arras (França)

Um homem com um fuzil automático Kalashnikov, uma pistola e uma faca abriu fogo na sexta-feira em um trem que ia de Amsterdã a Paris, até ser dominado por dois passageiros, ambos soldados norte-americanos. Um dos militares, assim como outro passageiro, ficaram feridos. O agressor, que foi detido, se chama Ayoub El Kahzzani e é um marroquino de 26 anos vigiado pelos serviços secretos por seus vínculos com o islamismo radical. Neste sábado ele foi levado à sede da Subdireção de Antiterrorismo da Polícia, nos arredores de Paris.

A tentativa de ataque - que poderia ter se transformado em um verdadeiro massacre, segundo as autoridades locais - ocorreu pouco antes das seis da tarde (horário local) na parte de trás da composição, de acordo com o porta-voz da SNCF, sede do Thalys, Christophe Piednoël. Dois militares norte-americanos da OTAN em trajes civis ouviram o homem que estava no compartimento do banheiro do trem acionar uma arma e conseguiram neutralizá-lo quando saiu, segundo vários órgãos de imprensa. Nesse momento, ele abriu fogo, segundo vários noticiosos.
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As forças de segurança teriam descoberto em seu poder um fuzil Kalashnikov, uma pistola automática, nove carregadores e uma arma branca.

O trem, da empresa Thalys, foi desviado para a estação de Arras, no norte da França, onde o agressor foi detido. Segundo a agência France Presse, ele era fichado pelos serviços de inteligência franceses. A procuradoria antiterrorismo de Paris abriu uma investigação. O presidente francês, François Hollande, afirmou que vai pôr todos os meios à disposição para esclarecer o ocorrido.

Dois passageiros ficaram feridos, incluindo um dos soldados norte-americanos. Um foi ferido à bala e outro, por arma branca. Trata-se de Spencer Stone e Alex Skarlatos, membros da Força Aérea e da Guarda Nacional, respectivamente.

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, chegou na noite de sexta-feira ao lugar dos fatos, onde visitou as forças de segurança e os feridos atendidos pelos serviços de emergência e por equipes de psicólogos e da logística da SNCF. Cazeneuve qualificou o comportamento do assaltante como “extremamente perigoso” e agradeceu aos norte-americanos por sua intervenção, quer permitiu evitar “um drama terrível”.

Cazeneuve pediu a maior cautela possível no que se refere à “identidade e o perfil” do indivíduo preso, “como em todo o caso que possa ter um caráter terrorista”, e falou da coordenação com o procurador de Paris, Xavie Molins. “A polícia científica e técnica está operando sob a autoridade do procurador encarregado das investigações. Comunicaremos [as novidades] quando estivermos em condições de poder fazê-lo.”

França, alvo dos jihadistas

Em janeiro, a França foi cenário de um duplo atentado terrorista contra a redação do semanário Charlie Hebdo e um supermercado judaico em Paris, no qual morreram 17 pessoas e os três terroristas. Os atentados foram obra dos irmãos Kouachi, vinculados à Al Qaeda no Iêmen, e Amedy Coulibaly, que se declarou ligado ao Estado Islâmico.

O presidente Hollande se entrevistou por telefone com o primeiro-ministro belga, Charles Michel, com quem se comprometeu a “cooperar estreitamente” na investigação. O homem, segundo a mídia francesa, supostamente tomou o trem em Bruxelas. Tanto Hollande como o primeiro-ministro Manuel Valls manifestaram sua solidariedade às vítimas.

A cidade de Arras destinou uma sala próxima da estação para acolher os 368 passageiros do trem, muitos deles em estado de choque, segundo o diário local La Voix du Nord.

Fonte: MSN



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