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Empresa de Paulínia, SP, foi alvo da Operação Catilinárias nesta terça-feira


Policiais federais estiveram na unidade da Estre Ambiental pela manhã. Empresa disse que está cooperando com as investigações da Lava Jato.

A unidade da Estre Ambiental, em Paulínia (SP),  especializada em gerenciamento de lixo, foi um dos 15 alvos no estado de São Paulo da Operação Catilinárias, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que cumpre 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações desta terça-feira (15) são referentes aos processos instaurados na Operação Lava Jato.

Por meio de nota, a Estre informou que integrantes da PF estiveram na unidade em cumprimento a mandado judicial de busca e apreensão.

De acordo com a assessoria de imprensa, “a companhia prestou e continuará prestando toda a assistência necessária às autoridades em tem todo o interesse no esclarecimento dos fatos”. Um dos sócios da Estre é o BTG Pactual, banco que tinha André Esteves como presidente até 29 de novembro. O banqueiro está preso desde 25 de novembro devido a investigações da Operação Lava Jato.
Sigam Portal MP no Twitter: @MPaulinia

A empresa

Fundada em 1999, a Estre conta com 18.497 funcionários no total. A empresa recebe 40 mil toneladas de resíduos e são 3,373 clientes no setor privado e 107 no setor público, segundo informações da empresa no site oficial. A Estre tem aterros em Itapevi, Santos,  Buenos Aires, na Argentina, e Bogotá, na Colômbia.

A PF informou que durante as operações no estado de São Paulo foram apreendidos documentos, mídias e computadores e dinheiro em espécie, mas que ainda não tinha sido contabilizado.
Ainda segundo os policiais federais, todo material apreendido será levado para Brasília (DF), por policiais do Distrito Federal. Lá, será analisado.

Catilinárias e Cunha

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira  mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. A PF também cumpriu mandados na casa e no escritório do peemedebista no Rio de Janeiro e na Diretoria Geral da Câmara dos Deputados. A ação, batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava Jato.

Ao menos 12 policiais e três viaturas foram deslocados para a casa de Cunha em Brasília, que fica na Península dos Ministros. Entre os itens que foram apreendidos pela PF está o celular de Eduardo Cunha.

A Procuradoria Geral da República também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizasse busca e apreensão na residência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas o ministro Teori Zavascki, do STF, responsável pela Lava Jato no tribunal, negou o pedido.

Também foram alvos de mandados a chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, e o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Ferreira Cleto, indicado por Cunha (PMDB-RJ) para o cargo. Cleto foi exonerado na última semana pela presidente Dilma Rousseff.
A polícia ainda cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços relacionados aos deputados federais Aníbal Gomes (PMDB-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Aureo (SD-RJ); e dos ministros, Celso Pansera (PMDB-RJ), de Ciência e Tecnologia, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo. O prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado Nelson Bornier (PMDB), aliado de Cunha, também é alvo da ação.

Outro mandado foi cumprido na sede do PMDB em Alagoas, relacionado ao inquérito do senador Fernando Collor (PTB-AL).
Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também são alvos da operação desta terça.

A PF também cumpriu mandados em enderelos relacionados ao ex-deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ); Aldo Guedes, ex-presidente da Copergas que, segundo as investigações, seria ligado ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em 2014; Lúcio Funaro, doleiro que teria ligações com Eduardo Cunha; Altair Alves dos Santos que, segundo o lobista Fernando Baiano, recebeu RS 1,5 milhão para repassar a Cunha; e Djalma Rodrigues de Souza.

A Polícia Federal também confirmou que cumpriu mandados no Ceará e no Rio de Janeiro em endereços relacionados ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em depoimento à Justiça do Paraná, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Machado como responsável pelo pagamento de R$ 500 mil em propina oriunda de contratos da estatal supostamente superfaturados, entre 2009 e 2010. Machado nega os pagamentos.

Catilinárias

A Polícia Federal batizou a operação de Catilinárias, que são discursos célebres do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina, que planejava tomar o poder e derrubar o governo republicano. Veja abaixo um dos trechos mais famosos do discurso:

Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
´
Fonte: G1



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