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Presidente do PSL de Paulínia deixa cargo e acusa Tenente Santini de interferência


A eleição suplementar de Paulínia que será dia 1º de setembro já fez a primeira baixa na cidade. Lúcia Abadia, que era presidente do PSL local, entregou o cargo ontem (17/07) e apontou o vereador de Campinas, Tenente Santini, como a razão dela romper com o partido. Como pano de fundo estaria a candidatura do Capitão Cambuí – apoiado por Santini e rejeitado por Abadia. No lugar dela, assume o tenente Rodrigo Souza.

Segundo ela, Santini a teria procurado para que o PSL apoiasse o Capitão Cambuí. Ela disse a ele que o PSL deveria ficar neutro nesta disputa e só participar do processo nas eleições de 2020. Lúcia afirmou ainda que não apoiava a candidatura de Cambuí.

“Diante da minha surpresa, um político que não é filiado ao PSL e muito menos cidadão paulinense, afirmou categoricamente que Cambuí seria o candidato do PSL nas eleições suplementares de Paulínia, concordando ou não, pois ele ‘precisava fortalecer a legenda da região de Campinas, para ajudar na sua candidatura a prefeito de Campinas em 2020′, ameaçando assim uma intervenção no partido em Paulínia”, escreveu ela numa nota divulgada à imprensa sobre a entrega do seu cargo.

Lúcia disse que foi ameaçada. “O Santini me ligou e disse que eu tinha que aceitar a candidatura do Cambuí, caso contrário, eu sairia do partido. Eu decidi renunciar porque um amigo (de Eduardo) que nem é do PSL diz o que fazer? Antes de me tirarem, eu saio”, disse ela.

A ex-presidente do PSL diz ainda que a interferência de Santini estaria no pleito do ano que vem. “Ele quer me enfraquecer para retirar o Rafa Zimbaldi da jogada e ele sabe que eu sou apoiadora incondicional do Rafa”, ressaltou ela.

Ela também negou que está apoiando a família Moura. “Já apoiei e vou a maior decepção da minha vida. Eu não vou apoiar nenhum candidato porque ninguém me representa”, disse ela.

Outro lado


Apesar de Santini ser do PSD, a sua identidade política e proximidade é com o PSL e a família Bolsonaro. Tanto que nas eleições do ano passado, era ele quem organizava as caravanas pró-Bolsonaro.

Santini confirmou que falou com Lúcia. ‘Eu disse a ela que eu e o PSL, na figura do Eduardo Bolsonaro (presidente estadual do PSL em São Paulo) iríamos apoiar o Capitão Cambuí e que ela estava indo contra uma decisão do partido”, disse o parlamentar. Santini também negou qualquer interferência e rechaçou as acusações em relação à fala referente a Rafa Zimbaldi.

Fonte: Blog da Rose | Band Uol


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