Desvio na merenda: Paulínia está entre as cidades com prefeitos indiciados pela PF
Operação da PF esteve em Paulínia no mês de maio do ano passado. As investigações da operação “Prato Feito” foram concluídas esta semana com o indiciamento de 96 pessoas, acusadas de participação no esquema.
Em maio do ano passado, a Polícia Federal (PF) fez busca e apreensão de documentos na Prefeitura de Paulínia. As diligências fizeram parte da operação “Prato Feito”, que investigou desvio de recursos públicos destinados à merenda escolar de várias cidades da Bahia, Paraná, São Paulo e do Distrito Federal. Segundo a PF, o esquema pode ter causado um prejuízo total de R$ 1,6 bilhão.
A PF finalizou as investigações com mais de 90 pessoas indiciadas, entre empresários, servidores públicos e prefeitos. Paulínia aparece entre as cidades paulistas, cujos prefeitos teriam participado do esquema.
Quando esteve na cidade, em 2018, a PF recolheu documentos no gabinete do então prefeito Dixon Carvalho (Progressistas), e nas secretarias de Negócios Jurídicos, Administração (Licitações), Saúde e no Serin (Setor de Informática). À época, circulou que a operação também esteve na casa de Carvalho, mas a informação não foi confirmada e nem desmentida pela PF.
De acordo com a PF, o ex-prefeito de Paulínia teria recebido propina de R$ 250 mil dos empresários João Lima e Sebastião Carlos de Oliveira, em troca de contratos fraudados. Áudios obtidos pela PF provariam a participação de Carvalho no esquema.
Em março de 2017, a Câmara Municipal de Paulínia rejeitou uma denúncia que apontava ilegalidades na contratação da empresa RC Nutry para fornecimento de merenda escolar no município. Uma das acusações contra Carvalho era de superfaturamento na contratação. Não conseguimos contato com o ex-prefeito, mas o espaço fica aberto para ele, querendo, se posicionar.
Atualização: (19h30, domingo, 15/09/2019) De acordo com documentos da Polícia Federal (PF), o prefeito cassado de Paulínia, Dixon Carvalho (Progressistas) foi indiciado por suposta participação nos crimes de "fraude à licitação e corrupção passiva, com indícios de desvio de recursos públicos do Tesouro de contrato de aquisição de material escolar"., investigados pela operação Prato Feito, deflagrada em maio do ano passado.
Foto: Reprodução
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