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Movimento contra “lixão” é lançado em Paulínia


A campanha da sociedade civil organizada de Paulínia “Lixão, Aqui Não!!!” foi lançada na tarde de quinta-feira (05), em evento que contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas. O objetivo é recolher 3.250 assinaturas para que um projeto de lei, cujo objetivo é proibir que a cidade seja destinatária de lixo de outros municípios, seja protocolado e votado na Câmara dos Vereadores.

Logo após a solenidade de lançamento integrantes do movimento popular começaram a coleta de assinaturas pelas ruas da cidade. Os moradores também receberam explicações sobre a importância da ação. No primeiro dia cem eleitores de Paulínia assinaram o abaixo-assinado.


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De acordo com um dos organizadores do movimento, o comerciante Bruno Wellington Domingues, a meta é recolher as assinaturas até o final de junho. Ele relatou que são necessárias 3.250 assinaturas porque o número corresponde a cinco por cento do eleitorado da cidade. A Lei Orgânica de Paulínia prevê que a população pode protocolar projetos de lei caso a medida tenha o apoio exigido pela legislação.

“Começamos com o pé direito a nossa campanha contra o lixão. Não podemos mais receber lixo de 35 cidades. Os prejuízos para a saúde pública são imensos”, afirmou Domingues.

O movimento está organizado para percorrer todas as regiões de Paulínia para a coleta de assinatura. Também haverá reuniões públicas itinerantes para explicar as metas do movimento.  Seis entidades de Paulínia estão engajadas na campanha e outras deverão anunciar apoio.

Interessados em participar podem imprimir folhas de assinaturas no site www.movimentolixaoaquinão.com.br. No portal é possível acessar informações sobre leis, objetivos e argumentos para proibir que Paulínia continue recebendo lixo de outras cidades.

Histórico

Domingues defende que cada município seja responsável pela destinação adequada, em seu próprio território, do lixo produzido pela população e indústrias. Ele relatou também que Paulínia já enfrenta diversos problemas ambientais por causa do polo petroquímico, e que o aterro potencializa de forma negativa tal situação.

Em Araçatuba, outra cidade do interior de São Paulo, um movimento da sociedade civil lançou campanha similar e evitou que um “lixão” intermunicipal fosse construído no município.

Prejuízos

O coordenador explicou também que teme pela falência da empresa responsável pelo aterro sanitário, a Estre Ambiental S.A. Em 2014, um relatório feito pela FGTS (FI-FGTS) apontou que a companhia corria o risco de insolvência, segundo publicado pelo jornalista Lauro Jardim, no dia 23 de setembro de 2014, no site da Revista Veja, no blog Radar on-line.

A Estre também sofre ações no fórum de Paulínia referente ao ISS (Imposto Sobre Serviços), no valor de R$1.728,941,56, de 2012, e outro no valor de R$4.601.310,87, de 2015. “Imagina se a Estre acaba falindo, quem vai fazer o monitoramento do aterro e dos gases produzidos? Não é justo que uma cidade de aproximadamente 90 mil habitantes receba lixo de mais de seis milhões de pessoas”, disse Domingues.

Domingues ainda relatou que a população do entorno ao aterro sofre com as centenas de caminhões que vão descarregar lixo diariamente no espaço. “Entre as queixas da população estão o mau cheiro e o derramamento de resíduos em via pública”, contou o coordenador.

Pirâmide de lixo

Outro problema relatado por Domingues é a ampliação do aterro prevista para ocorrer em outubro deste ano. O atual aterro, com 29 milhões de toneladas de lixo, será encerrado e outra pirâmide começará a ser montada.  O aterro sanitário, conhecido como CGR (Centro de Gerenciamento de Resíduos), recebe 5.000 toneladas de resíduos diariamente, desde o ano de 2000, no início da suas atividades.

Para se ter uma ideia do lixo acumulado em Paulínia, imagine 33 milhões de carros (modelo popular) empilhados. É como se uma pirâmide de lixo estivesse enterrada no quintal dos paulinenses. Tudo pode ficar pior com a ampliação do aterro para a nova área de 400.000 m2, que já está em construção, a 100 metros de um loteamento residencial. A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) oficializou a Prefeitura de Paulínia que o local não é adequado para a ampliação.

No final de Novembro do ano passado a CETESB verificou que as condições de operação do CGR não eram adequadas.  Um dos problemas apontados foi na cobertura dos resíduos com solo. Em razão do não cumprimento de leis ambientais, a empresa vem recebendo multas do órgão.  Nos meses de dezembro de 2015 e Janeiro deste ano foram emitidas duas multas e uma advertência à Estre. Um trabalhador também morreu no local em acidente de trabalho.

Informações:

Ficha de Coleta de Assinaturas e demais informações no site:www.movimentolixaoaquinao.com.br

Sociedade Civil Envolvida:

Entidades


AUPACC – Amigos Unidos Por Amor Contra o Câncer
Rua General Osório nº 335, Jd. Calegaris - Paulínia/SP

APAE – Paulínia
Av. Brasília, 967, Vila Bressani - Paulinia/SP

ACIP – Associação Comercial e Industrial de Paulinia
Rua Maria das Dores Leal de Queiroz, 398, Jd. Calegaris Paulínia/SP

Associação Moradores de Betel e Alvorada Parque
Av. Professor Benedicto Montenegro, 382, Betel, Paulinia/SP.

Sindicatos


Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Paulínia
Av. Nove de Julho, 369, Nova Paulínia - Paulínia - SP

Sindicato dos Químicos Unificados de Paulinia
Rua Brigadeiro Tobias, nº 103, Jd. Callegaris, Paulinia/SP

Comércios


D´Lucas Móveis (Loja 1)
Av. Antônio Batista Piva, 168, Sta. Catarina ( em frente ao Supermercado Callegaris do Monte Alegre) – Paulinia/SP.

D´Lucas Móveis (Loja 2)
Rua Shirlei Ramos Maia de Souza, 234 , Pq. Servidores – Paulínia/SP.

Maax Veículos
Av. José Paulino, 1851, Centro - Paulinia/SP.

Walter Costa Imóveis
Rua Itália, 438, Vila Bressani – Paulinia/SP.

Buffet Águia Dourada
Av. João Aranha, nº 917 – Jd. Planalto – Paulinia/SP.

Bar da Roça
Av. Professor Estevam Ferreira, nº 960 – Pq. Da Represa – Paulínia/SP.



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